terça-feira, 5 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CASAMENTO – INSTITUIÇÃO PERDIDA


Até o final do século XIX e início do XX, as pessoas não se casavam por afeto. Um casamento podia acontecer por vários outros motivos, como por razões culturais ou por razões econômicas. Às vezes, o único e principal interesse do casamento era mesmo manter o patrimônio familiar.
Aqui no Brasil, por exemplo, para se preservar a economia de alguns grupos, os casamentos eram arranjados entre famílias ricas. O noivo não sabia quem era a noiva, tampouco a noiva sabia quem era o noivo. Eles mal se conheciam e, em pouco tempo, tinham que se casar. A esposa, sempre submissa ao marido, o chamava de - Senhor, meu marido. A mulher era totalmente dedicada à educação dos filhos e à organização da casa. O marido era o provedor do lar. Assim asseguravam-se o poder econômico das famílias.
Na história da humanidade a ligação casamento e amor é um fato recente. É nesse período de casamento afetivo que apareceram as serenatas, as declarações de amor, as músicas românticas, etc.
Na verdade, o casamento é uma instituição que não se sustentou em nenhum alicerce. Hoje, é uma instituição que está perdida, pois não se apresenta mais como um acontecimento de âmbito social, ou cultural, ou econômico. Agora, vemos se perder, inclusive, o laço afetivo que costumava unir os casais.
Estamos assistindo a uma nova fase se iniciar – a do jurídico. Uma jovem me disse há dias - Vou me casar com ele, se não der certo, eu me separo!
Atualmente, o casamento é tratado como um fato jurídico porque as pessoas já não se unem mais com o intuito de continuar nele, mas, sim, como diria o poeta, que ele seja eterno, enquanto dure

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